Com o advento dos sistemas computacionais e da desmaterialização, a assinatura eletrônica se tornou uma necessidade. Como a assinatura manuscrita, permite validar a conformidade de um documento. Em um mundo que caminha para o digital, a assinatura eletrônica está se tornando um elemento essencial.
Este arquivo visa explicar de forma simples o que é uma assinatura eletrônica, quais são as vantagens e desvantagens e as técnicas implementadas para protegê-las. Popularizado para ser acessível ao público em geral, a leitura deste artigo não requer conhecimentos técnicos em criptografia ou programação.

Assinatura eletrônica e legislação

Em primeiro lugar, você deve saber que uma assinatura eletrônica - às vezes chamada de assinatura digital - não tem uma aparência visual como uma assinatura manuscrita. A assinatura digital como existe atualmente é uma sequência de caracteres (letras e números combinados) que aparece em um e-mail ou documento PDF ou em aplicativos específicos para determinados negócios.

Não foi até 1999 que as assinaturas eletrônicas na Europasão oficialmente reconhecidos por lei, com a implementação da Diretiva 1999/93 / CE. Eles então assumem o mesmo valor que uma assinatura manuscrita durante um acordo entre duas partes. Na França, a lei n ° 2000-230 publicada em 13 de março de 2000 e seu decreto n ° 2001-272 de 30 de março de 2001 formalizam o uso da assinatura eletrônica em nosso país.
Organismos especializados são então criados para emitir certificados digitaisvalidar a autenticidade das várias assinaturas eletrónicas. Esses certificados são como uma carteira de identidade contendo todas as informações públicas e privadas necessárias para emitir uma assinatura eletrônica. Porém, há um problema: cada país administra seus certificados eletrônicos à sua maneira. Felizmente, a partir de 1º de julho de 2016, um novo regulamento europeu esclareceu as coisas, tornando possível padronizar os vários padrões de assinatura eletrônica dentro da União Europeia. A gestão de documentos na UE é, portanto, simplificada. No entanto, o mesmo não se aplica a países não pertencentes à UE.
Para finalizar esta parte da legislação, uma pequena precisão é necessária: a assinatura digitalnão deve ser confundida com a assinatura digitalizada feita, por exemplo, com uma caneta em um tablet. Embora este último também seja legalmente reconhecido desde 2010, não é o assunto deste artigo.

Como funciona uma assinatura eletrônica?

No papel, usar uma assinatura eletrônica parece tão fácil quanto rabiscar em um cheque. Não é verdade. Um sistema de assinatura digital requer a implementação de segurança de computador usando criptografia. A operação é invisível para o usuário que, por sua vez, simplesmente precisa usar um software ou dispositivo específico para processar seu documento.
Uma assinatura eletrônica faz várias coisas, sendo muito mais eficaz do que sua contraparte manuscrita:
  • Autentique o signatário
  • Garantir a integridade do documento
  • Garantir o não repúdio, ou seja, o remetente do documento não pode negar o envio.


Assim, em caso de problema, o destinatário saberá imediatamente se o documento que recebeu foi enviado pela pessoa certa e se não foi alterado.
Mas agora vamos examinar mais de perto como funciona uma assinatura eletrônica. Para este exemplo, tomaremos o caso de uma empresa Alice que envia um contrato em formato PDF para uma empresa Bob ( Alice e Bob?!) Para fazer isso, o software da empresa Alice criará um hash do contrato. Este método consiste em gerar uma impressão digital composta por letras e números específicos do documento. A menor modificação do referido documento leva a uma modificação do hash. Você provavelmente já viu as siglas MDA ou SHA-1. Esses são protocolos hash, destinados a verificar a integridade dos dados.
Depois que o hash - a palavra em inglês para hash - é feito, ele é associado a duas chaves fornecidas pelo certificado digital : uma privada e outra pública. A chave privada irá criptografar (evitamos o anglicismo "criptografar") o hash, o que dá a famosa assinatura eletrônica. Tudo é então enviado ao destinatário com a chave pública. Este último é conhecido por nossas duas empresas.
Após o recebimento do contrato, a empresa Bob irá descriptografar o hash do contrato com a chave pública. Depois de descriptografado, o hash é recalculado pelo software da empresa de Bob. Se for idêntico ao original, o destinatário será notificado de sua autenticidade e obterá a identidade do signatário. Obviamente, se o hash não corresponder, o destinatário saberá que o documento foi modificado antes de ser recebido.
Imagens são melhores do que longos discursos, a Wikipedia oferece um diagrama explicativo do princípio:

Vantagens e desvantagens da assinatura eletrônica

A assinatura eletrônica está se espalhando cada vez mais rapidamente no mundo da informática, tanto na vida privada quanto pessoal. Tem certas vantagens: não necessita de papel ou tinta. O envio de um documento assinado também pode ser feito em segundos. Chega de digitalizar documentos e perder tempo!
A proteção de dados também é uma grande vantagem das assinaturas eletrônicas, que permitem que a integridade de um documento seja verificada. A falsificação de papel é provavelmente mais fácil do que a de um documento criptografado eletronicamente.

No entanto, a assinatura eletrônica não é infalível. Mesmo que seja limitado, sempre existe o risco de que os hackers coloquem as mãos na chave privada de um usuário. Qualquer documento assinado eletronicamente pode então ser modificado pelo hacker sem que o destinatário perceba. O mesmo se aplica se o certificado for roubado, algum malware direcionado a eles em particular.
Enfim, a assinatura eletrônica já faz parte do nosso mundo em processo de desmaterialização. É certo que ainda é pouco utilizado por indivíduos, mas empresas e governos estão cada vez mais confiando nele para garantir o máximo de segurança em suas comunicações.

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